Continental-Caoutchouc-und-Gutta-Percha Compagnie foi fundada em 1871 em Hanover.
A manufactura na fábrica principal em Vahrenwalder Street incluía produtos de borracha,
borracha vulcanizada, pneus para carruagens e bicicletas.
Em 1882 adapta o “Cavalo Rampante” como imagem de marca.
Dez anos mais tarde, em 92, torna-se na primeira empresa alemã a fabricar
pneumáticos para bicicletas. Seis anos passariam até iniciarem a produção do
pneumático liso para automóveis.
No início do século equipam o primeiro Zeppelin “LZ-1” com material de selagem do balão de gás.
Em 1901 a Daimler produz um carro chamado Mercedes equipado com pneus Continental,
que conquista uma estrondosa vitória na corrida Nice-Salon-Nice.
No quarto ano do século apresentam o primeiro pneu com padrão no mundo.
No ano seguinte produz o primeiro pneu anti-derrapante.
Em 1907 publica o Continental’s Road Atlas para automobilistas e motociclistas.
Cria em 1908 o pneu com tampão destacável, uma inovação que pouparia tempo e
esforço na mudança de pneu.
Amostras de borracha sintética, desenvolvidas nos laboratórios Bayer em 1909,
são vulcanizados com sucesso e iniciam-se os primeiros testes com este produto.
Neste mesmo ano, o aviador Louis Blériot, efectua o primeiro voo sobre o Canal da Mancha.
O seu avião tinha a fuselagem e asas cobertas com materiais da Continental.
Em 1914, no Grande Prémio Francês, a Daimler equipada com pneus Continental
, conquista uma tripla vitória.
Celebra 50 anos de existência em 1921, e torna-se a primeira companhia alemã a
incorporar uma fibra mais maleável e resistente no seu pneu, substituindo a anterior fibra cozida.
Em 1926, reforçam a resistência do pneu à fricção e envelhecimento, incorporando carvão negro,
que lhe dará a característica cor escura.
No final da década, junta-se a outras indústria alemãs formando a Continental Gummi-Werke AG.
Em 1932, criaram um aro de metal sob a designação registada “Continental-Schwingmetall” que
isolava as vibrações e ruídos produzidos.
De 35 a 40, estiveram em inúmeros sucessos com a Mercedes e a Auto-Union, equipando-os
com os seus pneus. Quatro Grandes Prémios da Alemanha consecutivos, quatro sucessos na
corrida North African Tripoli, três vitórias em Itália e diversos recordes de velocidade
que fizeram pilotos como Carraciola, Rosemeyer e Stuck, alcançar fama internacional.
Em 1936 introduzem definitivamente a borracha sintética na produção.
Em 1945, a fábrica severamente destruída pelos bombardeamentos Aliados
, recebe permissão dos Ingleses para a reconstrução.
Em estreita colaboração com a Daimler-Benz e a Porsche, repete os sucessos anteriores em pista
. Condutores como Karl Kling, Stirling Moss e Juan Manuel Fangio, tornam-se vencedores em corridas
tão famosas como a Carrera Panamericana, ou os GP’s de França, Inglaterra, Alemanha e Itália.
Em 1955, torna-se a primeira empresa alemã a produzir pneus “tubeless” e cinco anos depois
inicia os pneus radiais.
A partir de 1961, na fábrica de Dannenberg, Alemanha, produz equipamentos plásticos para
a indústria automóvel. Mas as fábricas não param por aqui: em 64 nasce a de Sarreguemines
em França e a de Northeim, Alemanha.
1967 vê nascer a pista de testes em Lüneburger Heide, na Baixa Saxónia.
Em 1994 seria iniciada a sua ampliação, tendo crescido para o dobro do tamanho,
com novos traçados, incluindo um troço de quase 4km para carros de alta-performance.
Em 2001 seria completada com um traçado para testes de redução de ruído.
Na década de 80 e 90, assiste-se a um enorme crescimento da empresa com a aquisição de diversas fábricas um pouco por todo o mundo, não tendo escapado Portugal, nos finais de 80, principio de 90, através da fusão com a Mabor, em Lousado, Braga.
Em 1997, através de uma das seis divisões que a compõem, a Continental Automotive Systems, surpreende com uma inovação tecnológica que nada tinha a ver com pneus: inventa o ISAD (Integrated Starter Alternator Damper), pelo qual recebe o prémio alemão “German Industry Innovation Award”. O ISAD é um mecanismo que permite a economia de combustível e substitui o “starter” e gerador por uma unidade única, abrindo caminho aos sistemas híbridos. Para os interessados num maior pormenor técnico, sugiro uma visita a www.sae.org/technical/papers/2000-01-1571.
O século XXI continua a assistir a um crescimento gigantesco da empresa com mais aquisições e construção de fábricas, espalhadas agora pelos “quatro cantos” do mundo.
Em 2002 inicia conjuntamente com a Bridgestone o desenvolvimento do pneu “run-flat” na tentativa de criar um padrão para a indústria.
Consegue ser o primeiro fabricante a ver aprovado um pneu para velocidades superiores a 360km/h, o ContiSportContact 2 Vmax.
Após a aquisição da Siemens VDO, tornou-se uma das 5 maiores empresas da indústria automóvel mundial e tem actualmente 150.000 funcionários em 36 países.
Os números da Continental
. Faturamento de 11,5 bilhões de Euros em 2003.
. Possui atualmente cerca de 77.000 funcionários em todo o mundo, um aumento de 20% desde o fechamento do ano 2002.
. Líder do mercado de equipamento original na Europa.
. Em 2003, pela primeira vez, atingiu a marca de 100 milhões depneus para carros de passeio.
A história no Brasil
A Continental chegou ao Brasil em 1997 trazendo suas operações comerciais de pneus para o mercado nacional com a experiência de mais de um século de absoluto sucesso.
Um ano depois, em 1998, adquiriu a unidade da ITT Automotive Brake & Chassis da ITT Industries Inc., EUA, assumindo no Brasil a unidade fabril em Várzea Paulista, no Estado de São Paulo, que, atualmente, emprega cerca de 930 funcionários e é fornecedora das principais montadoras do Brasil. Em 1999, foi a vez da fábrica de correias ContiTech, em Ponta Grossa, Paraná.
A divisão de pneus vem ano a ano se consolidando como uma empresa lucrativa e conquistando seu espaço no mercado brasileiro. Hoje ela tem aproximadamente 400 pontos-de-venda espalhados por todo o país, incluindo as redes autorizadas Volkswagen, Ford, Renault, Audi e BMW, integrando o seu programa de venda direta.
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A nova fábrica de pneus vem firmar o compromisso da empresa em investir e se desenvolver ainda mais no Brasil e na América Latina.
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