Toworkfor. Calçado português ganha tração com sola Michelin - Dinheiro Vivo
Ilídia Pinto
calçado
Quando ouve falar em Michelin
pensa em pneus. E bem. Mas a partir de agora Michelin é também sinónimo
de solas para sapatos técnicos – a AMF Safety Shoes, empresa de
Guimarães especializada em calçado de proteção e segurança, que fabrica
sob a marca Toworkfor, acaba de apresentar a mais recente linha de
sapatos desenvolvidos em parceria com a gigante francesa. Os modelos Full Grip
foram inspirados em dois pneus da Michelin específicos para rallies de
inverno e para neve, dando origem a um calçado pensado para condições de
trabalho extremas, em minas, plataformas petrolíferas ou na construção
civil.
PME Líder, a AMF tem já 16 anos de experiência no mercado. Exporta 90% do que produz, mas Albano Fernandes, responsável da empresa, sente que está demasiado dependente dos países europeus. E foi dessa vontade de atacar os mercados externos de forma mais global que surgiu a ideia de se associar a uma marca universal. A abordagem à Michelin foi bem sucedida, até porque a marca mundial de pneus não é, de todo, estranha ao mundo do calçado. Até já criou uma divisão específica para solas técnicas, tendo em vista os desportos motorizados e o trekking.
A sola foi desenvolvida pela própria Michellin, e junta a geometria do rasto dos pneus X-ICE North 3 e NA00 a um composto químico de borracha muito similar ao usado nos pneus. O resultado é uma sola de “elevada performance”, com uma “resistência excecional”, garante Albano Fernandes. Que investiu um milhão de euros numa máquina de injeção, que aplica uma camada de poliuretano entre a sola e o sapato, concedendo-lhe “conforto e leveza”.
“Somos conhecidos pelos nossos sapatos de segurança, mas para ambientes de interior. Esta parceria vai-nos permitir entrar no segmento de outdoor e sermos reconhecidos como tal. E a receção a esta nova linha, que foi oficialmente apresentada na A+A, feira técnica na Alemanha, tem sido excecional”, garante.
A AMF começou por se dedicar ao calçado de moda. Em 2005, percebeu as potencialidades do calçado técnico e de segurança e dedicou-se em exclusivo a essa área de negócio. Desde então, a faturação passou de um para 10 milhões de euros e o número de trabalhadores cresceu de 22 para 125. O que obrigou a um investimento em novas instalações, recentemente inauguradas. No total, a empresa investiu três milhões de euros entre 2014 e 2015, a que se juntam dois milhões investidos na Aloft, a empresa de solas técnicas do grupo, e um milhão que ainda será aplicado este ano. Tudo em expansão, inovação, internacionalização e equipamento produtivo.
Working Class Hero e Safety Runners são outras das coleções da AMF, desenvolvidas sob a marca Toworkfor e cuja tecnologia está devidamente patenteada. Autoeuropa, BMW e Audi são algumas das empresas que compram os produtos Toworkfor.
A produção da nova coleção Michelin arranca em janeiro, mas a AMF tem já boas perspetivas de vendas na Austrália e acabou de enviar amostras para clientes no Canadá e EUA. A nova linha vem duplicar a capacidade produtiva da empresa, que espera atingir os 17 milhões de faturação em 2020. Em velocidade cruzeiro, Albano Fernandes admite que a parceria com a Michelin possa gerar 1,5 a 2 milhões de euros adicionais ao ano.
Para já, a AMF acaba de criar a Toworkfor França, uma joint-venture com a Netco Safety, empresa francesa produtora e distribuidora de galochas de proteção e que conta com cerca de 600 pontos de venda no país. Uma nova aposta que, espera, gere cinco milhões de euros em cinco anos.
PME Líder, a AMF tem já 16 anos de experiência no mercado. Exporta 90% do que produz, mas Albano Fernandes, responsável da empresa, sente que está demasiado dependente dos países europeus. E foi dessa vontade de atacar os mercados externos de forma mais global que surgiu a ideia de se associar a uma marca universal. A abordagem à Michelin foi bem sucedida, até porque a marca mundial de pneus não é, de todo, estranha ao mundo do calçado. Até já criou uma divisão específica para solas técnicas, tendo em vista os desportos motorizados e o trekking.
A sola foi desenvolvida pela própria Michellin, e junta a geometria do rasto dos pneus X-ICE North 3 e NA00 a um composto químico de borracha muito similar ao usado nos pneus. O resultado é uma sola de “elevada performance”, com uma “resistência excecional”, garante Albano Fernandes. Que investiu um milhão de euros numa máquina de injeção, que aplica uma camada de poliuretano entre a sola e o sapato, concedendo-lhe “conforto e leveza”.
“Somos conhecidos pelos nossos sapatos de segurança, mas para ambientes de interior. Esta parceria vai-nos permitir entrar no segmento de outdoor e sermos reconhecidos como tal. E a receção a esta nova linha, que foi oficialmente apresentada na A+A, feira técnica na Alemanha, tem sido excecional”, garante.
A AMF começou por se dedicar ao calçado de moda. Em 2005, percebeu as potencialidades do calçado técnico e de segurança e dedicou-se em exclusivo a essa área de negócio. Desde então, a faturação passou de um para 10 milhões de euros e o número de trabalhadores cresceu de 22 para 125. O que obrigou a um investimento em novas instalações, recentemente inauguradas. No total, a empresa investiu três milhões de euros entre 2014 e 2015, a que se juntam dois milhões investidos na Aloft, a empresa de solas técnicas do grupo, e um milhão que ainda será aplicado este ano. Tudo em expansão, inovação, internacionalização e equipamento produtivo.
Working Class Hero e Safety Runners são outras das coleções da AMF, desenvolvidas sob a marca Toworkfor e cuja tecnologia está devidamente patenteada. Autoeuropa, BMW e Audi são algumas das empresas que compram os produtos Toworkfor.
A produção da nova coleção Michelin arranca em janeiro, mas a AMF tem já boas perspetivas de vendas na Austrália e acabou de enviar amostras para clientes no Canadá e EUA. A nova linha vem duplicar a capacidade produtiva da empresa, que espera atingir os 17 milhões de faturação em 2020. Em velocidade cruzeiro, Albano Fernandes admite que a parceria com a Michelin possa gerar 1,5 a 2 milhões de euros adicionais ao ano.
Para já, a AMF acaba de criar a Toworkfor França, uma joint-venture com a Netco Safety, empresa francesa produtora e distribuidora de galochas de proteção e que conta com cerca de 600 pontos de venda no país. Uma nova aposta que, espera, gere cinco milhões de euros em cinco anos.
È de ideias de Empresários Dínâmicos que o País precisa.
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