O rodízio é uma das principais medidas de manutenção, contribuindo decisivamente para o prolongamento da vida útil do pneu. Na verdade, a inversão de posição entre os pneus que rodam nos eixos dianteiro e traseiro dos veículos traz inúmeros benefícios. Quando efetuado nos intervalos de tempo recomendados, contribui para manter uniforme o desgaste dos pneus, proporciona melhor estabilidade, especialmente em curvas e freadas, colaborando também para uma melhora no desempenho global do veículo.
“Ao longo do tempo, os pneus sofrem diferentes esforços e por isso acabam apresentando desgastes não uniformes”, explica Gilberto Viviani, gerente de serviço ao consumidor da Divisão de Pneus da Continental (www.conti.com.br) Ele acrescenta que o rodízio deve ser adotado com o objetivo de amenizar ou de equalizar essas diferenças. “Pegando-se como exemplo um carro com tração dianteira, verificamos que neles as rodas da frente têm as funções de acelerar, frear e esterçar o veículo. Por isso, sofrem desgaste maior do que as traseiras” que basicamente freiam , comenta Gilberto.
Nesse tipo de veículo, o rodízio é feito invertendo-se a posição dos pares dianteiros e traseiros. Os pneus traseiros são colocados na frente e vice-versa. Para o caso de se incluir o estepe no projeto do rodízio, recomenda-se montar na dianteira direita, guardando-se como estepe o pneu da mesma posição, normalmente o que mais se desgasta em função da tração dianteira dos veículos e da construção das ruas e estradas, que via de regra “puxa” o carro para essa direção.
No caso de carros de tração traseira, trocam-se os pneus traseiros para frente em linha reta e os pneus dianteiros para trás de forma cruzada. Veículos com tração nas quatro rodas têm o “X” como padrão do rodízio: o pneu esquerdo traseiro é substituído pelo direito dianteiro e o pneu direito traseiro pelo esquerdo dianteiro. Utilitários, modelos esportivos e de luxo, devem seguir o padrão informado no manual do proprietário, pois podem considerar outros fatores determinados pelo uso e operação dos veículo.
É recomendável que o rodízio seja efetuado a cada 10.000 km, mesmo que os pneus não apresentem sinais de desgaste. Ele também deve ser feito se o usuário perceber alguma diferença na uniformidade do desgaste da banda de rodagem. É imprescindível que seja mantida a posição correta de montagem dos pneus (devido a possível assimetria dos desenhos da banda de rodagem), além de seus respectivos sentidos de giro (desenho unidirecional).
O rodízio deve ser entendido pelo proprietário do veículo como um procedimento preventivo, e não corretivo. Para verificar qual o método aconselhado para o seu carro, verifique o manual que apresenta, em detalhes, esta recomendação.
“É importante se ter consciência de que o rodízio dos pneus não consegue por si só corrigir os problemas de desgastes causados por partes mecânicas avariadas ou pelo uso dos pneus com pressões diferentes das ideais para determinada operação do veículo, alerta Gilberto Viviani.
Fonte Continental
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