Você já ouviu falar nos sulcos dos pneus do seu carro? Se nunca, é bom começar a prestar atenção. Pois eles indicam o desgaste da borracha e quando os pneus devem ser trocados. Além de proibido pela legislação de trânsito, rodar com eles gastos pode trazer sérios riscos aos motoristas.
Os sulcos são os frisos que existem entre as bandas de borracha. São espécies de corredores por onde passa a água quando o pneu está rodando em contato com o solo. Uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabelece que o sulco deve ter no máximo 1,6 milímetros de profundidade. Se estiver mais baixo do que isso, o motorista é multado em R$ 127 e leva cinco pontos na carteira. O limite pode ser observado com um indicador dentro do friso. Se esse indicador estiver na mesma altura da banda de rodagem, automóvel pode ser multado.
Mas os riscos aos motoristas começam bem antes desse estágio. Estudos dos fabricantes apontam que quando o sulco tem 3 milímetros de profundidade os pneus perdem consideravelmente a performance e a aderência, tanto no seco como no molhado, colocando em risco a segurança do motorista. “A dirigibilidade fica prejudicada, especialmente no piso molhado devido ao risco de aquaplanagem. Esse estágio costuma ser quando os pneus estão entre 50 e 60 mil quilômetros rodados”, explica Cesar Maldonado, gerente de Serviços ao Consumidor da Continental.
Para evitar multas e riscos, o motorista deve revisar a situação dos pneus no máximo a cada 10 mil quilômetros, conferindo sempre balanceamento, geometria e situação da suspensão. Peças estragadas da suspensão comprometem o desgaste. Os especialistas também recomendam o rodízio dos pneus dianteiros com os traseiros a cada 10 mil quilômetros para evitar o desgaste desproporcional, já que os da frente costumam perder mais borracha do que os de trás.
Rodar com problemas na suspensão ou com os pneus com a pressão errada (a calibragem deve ser semanalmente) pode fazer com que um lado gaste mais do que o outro. Nestes casos, dificilmente é possível recuperar a peça, diz Maldonado.
“Muita gente segue com os pneus rodando quando há um desgaste excessivo de um lado e o outro está bom. Isso é um erro. O pneu precisa ser analisado por um especialista. E, na maioria dos casos, precisa ser substituído”, observa o gerente da Continental.
Canarinho Press
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