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27 outubro, 2020

IMPORTÂNCIA DA CALIBRAGEM DOS PNEUS

 O que é calibrar um pneu?

Calibrar significa, basicamente, fazer com que a pressão dos pneus esteja sempre muito bem regulada, através da insuflação forçada de ar até um determinado valor - constando  este no manual do fabricante. Manter calibrado os pneus de seu carro é essencial não somente para evitar que acidentes mais graves aconteçam como também para proporcionar uma direção mais confortável à todos.

Por que eu preciso calibrar o pneu?

Além do conforto e segurança , a calibragem correta evita alguns danos a carcaça do pneu, bem como prolonga a vida útil da banda de rodagem. Faz bem para o bolso também. Pois pneus descalibrados ocasionam um consumo maior de combustível.

A falta de calibragem pode ocasionar acidentes mesmo?

A resposta  para essa pergunta é: sim, pneus não calibrados podem contribuir para que acidentes ocorram com maior facilidade. Muitos acidentes acabam acontecendo por conta de pneus que estavam com a pressão do ar extremamente abaixo do ideal.

O que são pneus recapados, recauchutados e remoldados

 A recapagem, a recauchutagem e a remoldagem são as três principais práticas de reforma oferecidas no mercado brasileiro e aplicadas em pneus que chegaram ao final de sua vida, sejam eles de carga, de passeio ou de motocicletas.


Diferenças entre pneus recapados, recauchutados e remoldados

Antes de pontuar sobre as diferenças entre cada uma, é importante esclarecer a essência dos três processos de acordo com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro): Entende-se por pneu recapado aquele que tem sua banda de rodagem (parte do pneu que entra em contato com o solo) substituída. O recauchutado, além da banda de rodagem, substitui os seus ombros (parte externa entre a banda de rodagem e seu flanco, parte lateral do pneu) e o remoldado, que além de substituir a banda de rodagem e seus ombros, substitui também toda a superfície de seus flancos.

“Apesar de parecerem ser diferenças pequenas, tratam-se de processos totalmente diferentes que podem – ou não – ser empregados em determinados tipos de pneus”, explica Rafael Astolfi, gerente de assistência técnica da Continental, fabricante de pneus de tecnologia alemã.O processo aplicado aos pneus de carga é a recapagem, que pode ser realizada a frio ou a quente. Nesse processo, apenas a banda de rodagem do pneu é substituída por uma nova. Os membros da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP), entidade que representa a indústria de pneus e câmaras de ar instalada no Brasil, se posiciona a favor da recapagem de pneus de carga por eles serem projetados para esse processo.

Pneus de passeio, vans e camionetas são produzidos com lonas de corpo (carcaça) de tecidos têxteis – naturais ou sintéticos – mais adequadas ao uso sob altas velocidades, mas que são menos tolerantes à fadiga (stress-cracking). Por isso, apresentam vida útil mais curta em comparação com pneus de carga, que possuem estruturas de carcaça feitas de aço e que tiveram essa condição prevista em seu projeto, da sua concepção à sua produção.

Por outro lado, e não se trata de uma mera questão mercadológica, a recapagem, a recauchutagem e a remoldagem de pneus de passeio, vans e camionetas é firmemente desaconselhada por todos os membros da ANIP. Eis algumas das razões:

• Os requisitos normativos em vigor não demandam a identificação da carcaça de origem do pneu remoldado, deixando o consumidor susceptível a misturar carcaças diferentes – com comportamentos dinâmicos diferentes – em um mesmo eixo, gerando desequilíbrio no veículo;

Em linha com a falha na rastreabilidade na carcaça de origem dos pneus exposta acima, o consumidor, ao adquirir um pneu de passeio remoldado, não é capaz de identificar:

• A data de fabricação do pneu original, que pode ser superior ao tempo máximo de vida recomendado por toda a indústria: 10 anos.

“Os pneus são o único ponto de contato do veículo com o solo. Em uma situação crítica, são eles que determinam se o carro pode parar em tempo, se tem dirigibilidade em pista molhada ou se permanece na via ao fazer uma curva. Esses são aspectos extremamente importantes e que impactam diretamente não só o motorista e seus acompanhantes, mas também os demais veículos e pedestres”, alerta Rafael Astolfi

REPORTAGEM GARAGEM 320