Em seguida, o mesmo veículo recebeu componentes Michelin e repetiu o percurso, chegando a 2,18 km/l. Supondo que esse caminhão rode 120 mil km por ano, poupará R$ 6.322,86 em 12 meses, considerando o preço do diesel a R$ 2,57. Se a frota tiver 50 veículos, haverá uma economia superior a R$ 316 mil, suficientes para a compra mais de 230 pneus novos.
A Continental fez ensaios na Alemanha com o pneu que fabrica no Brasil e também com os de outras marcas com presença local: Michelin, Pirelli, Bridgestone e Goodyear. “Escolhemos o Michelin para o confronto porque ele foi o mais econômico depois do nosso e também por essa imagem (de economia de combustível) que eles transmitem ao mercado”, afirma o diretor superintendente da Continental para o Mercosul, Renato Sarzano.
“Classificamos o mercado de pneus de carga em Premium, Value e Budget. Concorremos no segmento Premium, onde também está a Michelin”, afirma o executivo. Em entrevista, Sarzano afirmou que a Continental dobrará sua capacidade de produção de pneus para caminhões e ônibus na planta baiana de Camaçari (veja aqui). Segundo o executivo, a empresa tem hoje 6% desse mercado e quer chegar a 9% até o fim de 2017.
Para realizar a avaliação, a Continental levou a um campo de provas dois caminhões Volvo FH 460 6x2. É importante dizer que o teste não confrontava um caminhão contra o outro. Um deles (veículo de controle) rodava sempre com pneus Continental e servia para captar variações causadas por vento ou mudança de condições climáticas, por exemplo. Seus resultados ajudaram a compor as médias aferidas pelo outro caminhão.
Este segundo veículo foi o que rodou com as duas marcas. Na primeira bateria de testes, calçou pneus Continental. Os dois dianteiros e os 12 da carreta eram do modelo HSR2 SA. Os oito utilizados nos eixos traseiros do cavalo eram HDR2.
Na segunda bateria, recebeu pneus Michelin. Os dianteiros e os da carreta eram Multiway XZE. Nos eixos traseiros do cavalo estavam os XDE 2+. A medida utilizada em ambas as marcas foi 295/80 R22.5.
Para aferir o consumo, os veículos foram equipados com buretas, cilindros transparentes e graduados abastecidos com diesel antes de cada sessão de testes. A pressão utilizada em todos foi de 120 libras/pol².