Postagens populares

31 dezembro, 2012

Pneus carecas ‘disfarçados’ a vítima pode ser você

Uma fraude praticada por borracharias com a anuência de proprietários de veículos coloca em risco a vida de milhares de pessoas, principalmente nesta época do ano, em que as estradas costumam ficar cheias. Trata-se da ressulcagem de pneus, técnica considerada ilegal, mas que é adotada indiscriminadamente na cidade.
Borracheiros que preferiram não se identificar confirmam a informação. Conforme especialista consultado pela reportagem, o risco de acidentes em veículos com pneus ressulcados é enorme
 https://i.ytimg.com/vi/W0QRkpYNNb4/maxresdefault.jpg
Também conhecido como riscagem ou frisagem, o esquema consiste em dar uma aparência de novo a um pneu careca. A “maquiagem” é elaborada por meio de uma máquina que refaz os sulcos desgastados, sem a necessidade de acrescentar uma nova camada de borracha, como acontece na ressolagem, por exemplo.
“Todo mundo faz. Existe uma máquina própria que esquenta a borracha. O segredo está em refazer o desenho bem em cima do sulco original”, ensina um borracheiro. Ele explica que a grande “vantagem” para o consumidor incauto é o preço.
Enquanto um pneu comum para carro de passeio custa cerca de R$ 200,00, a ressulcagem de um pneu desgastado sai por cerca de R$ 15,00. O trabalho demora de 15 a 20 minutos para ser concluído.
O problema é que o pneu careca  já está sem a sua base de borracha e os novos sulcos podem atingir a lona ou até mesmo a cinta estabilizadora de cordonéis de aço e fios de náilon. Com uma espessura mais fina, a estrutura fica mais frágil, o potencializa os riscos de acidente.
“As chances são enormes, porque o veículo vai perder estabilidade. Além disso, o pneu pode estourar a qualquer momento”, alerta o engenheiro mecânico e consultor automobilístico Marcos Serra Negra Camerini.https://i.ytimg.com/vi/UbCmWVHVr-E/maxresdefault.jpg

Até a lona
O serviço, de acordo com outro borracheiro consultado pela reportagem, é procurado tanto por caminhoneiros quanto por motoristas de carros de passeio. Mas, como a nova frisagem quase sempre alcança a lona dos pneus, a técnica só pode ser utilizada uma vez.
“Aí, a pessoa roda até chegar na lona. Todo mundo sabe que é ilegal, mas é mais seguro do que continuar rodando com pneu careca”, pondera ele, que diz nunca ter usado pneu ressulcado em seu veículo particular. “Só uso com o sulco original de fábrica”, afirma.
Hoje, não existe uma lei nacional que proíba a fraude. Mas, segundo a Polícia Rodoviária, um pneu “maquiado” pode ser comparado a um pneu careca. Desta forma, a infração é considerada grave, com aplicação de multa de R$ 127,69, cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e retenção do veículo até que seja regularizado.
O motorista e as borracharias também podem responder a processo criminal, enquadrados no artigo 132 do Código Penal por expor a risco a vida ou a saúde de terceiros. Em caso de condenação, a pena prevista é de três meses até um ano de detenção.https://imagens.mdig.com.br/thbs/34810mn.jpg

Pneu ressulcável
Conforme esclarece o engenheiro mecânico e consultor automobilístico Marcos Serra Negra Camerini, existem pneus de caminhão que são próprios para serem ressulcados. Eles possuem uma camada mais espessa de borracha que permite que a nova riscagem seja feita com segurança. “Isso é válido apenas para pneus que contenham a inscrição ‘ressulcável’ na lateral. E a ressulcagem deve ser feita de acordo com as instruções determinadas pelo fabricante”, .

Retirado de jcnet

18 dezembro, 2012

O CERTO E O ERRADO NO USO DE PNEUS NAS RUAS

O certo e o errado no uso de pneus nas ruas

Basta apenas um pouco de atenção e poucos minutos de observação pelas ruas e logo é possível notar muitas irregularidades no uso dos pneus. As situações são das mais diversas: desde pneus off-road sendo utilizado em cidades, até pneus visivelmente “carecas” rodando pelas ruas.
O engenheiro da Bridgestone Firestone, José Carlos Quadrelli, mostra as situações mais comuns flagradas pelas ruas e indica o certo e o errado em cada situação. Uma recomendação muito importante é a verificação periódica do indicador de desgaste da rodagem - TWI (Tread Wear Indicators). Este indicador existente em todo pneu mostra o momento certo para efetuar a troca, reduzindo o risco de rodar com o pneu careca (imagem abaixo).

FOTO: Engº. José C. Quadrelli, da Bridgestone Firestone do Brasil
1. Desgaste do Pneu
A primeira indicação é que o pneu esteja em boas condições e atendendo ao limite de desgaste através da indicação TWI. O pneu abaixo do índice TWI é considerado “careca” e não atende as exigências de segurança no veículo. No exemplo abaixo, o TWI foi ignorado há muito tempo, provocando uma alta exposição a acidentes ao usuário deste veículo. O engenheiro Quadrelli recomenda fortemente que todo usuário identifique a marca do TWI e controle o desgaste do pneu. “Um pequeno cuidado como este, poderá significar a diferença entre sofrer ou não um acidente”, avisa Quadrelli.
Certo – Obedecer à indicação do pneu (TWI).
Errado – Rodar com o pneu careca.

FOTO: pneu com necessidade de troca urgente.
2. Pressão/Calibragem de Pneu
Um dos primeiros equívocos encontrados nas ruas são os pneus com calibragem inadequada. O uso da pressão correta no pneu garante a melhor dirigibilidade e o aumento da vida útil do pneu. “O proprietário do carro fotografado com um pneu com baixíssima pressão (note o outro pneu, aparentemente com a pressão correta) não deve ter o hábito de calibrar os pneus regularmente, o que levará a um desgaste prematuro e irregular do pneu, além da redução da estabilidade e aumento de risco de maiores danos à carcaça”, informa Quadrelli.
Certo – Verificar a pressão, no mínimo, duas vezes ao mês, antes de viajar e sempre que houver alteração na carga.
Errado – Pressão abaixo do recomendado pelo fabricante do veículo.

FOTO: carro com um dos pneus baixos.
3. Especificação do Fabricante
A alteração do pneu original do veículo por pneus maiores e ou diferentes das indicadas pelos fabricantes dos veículos causa problemas de desgaste, dirigibilidade e, muitas vezes, até mesmo, risco de cortes no pneu caso o pneu “arranhe” na lataria do veículo. O pneu usado pelo fusca “envenenado” da foto, poderá gerar problemas de estabilidade e avarias na suspensão.
Certo – Obedecer à especificação do fabricante.
Errado - Pneu não especificado para o veículo (medida, tipo, índice de carga e de velocidade, etc..).

FOTO: pneu de carro “envenenado”, largo, fora da lataria.


4. Pneu off-road X Pneu cidades 
A utilização de pneus off-road em cidades, ou mesmo, vice-versa, pode trazer inúmeros danos aos pneus, além de provocar maior consumo de combustível e reduzir a vida útil do pneu. No caso de pneus off-road com ranhuras grandes em carros para cidades, há a diminuição da área de contato/diminuição da ação de frenagem, aumento de ruído, desgaste irregular. No caso de pneus para cidades (street) usados em trilhas, ocorre a falta de tração, avarias na rodagem (cortes, picotamentos, arrancamentos). “Obviamente, ninguém está impedido de rodar com pneus inapropriados para um determinado piso, mas é importante que o consumidor entenda as perdas e os riscos que isto trará ao pneu e à segurança dos ocupantes do veículo”, comenta Quadrelli.
Certo – Pneu adequado ao uso principal.
Errado - Usar tipo de rodagem inadequada para a condição de uso do veículo (asfalto, terra, etc..).

FOTO:  veículo com pneu grande (off-road) rodando no asfalto.
5. Pneus do mesmo tipo
Na substituição de um pneu furado, ou mesmo, de um pneu que já está desgastado, é fundamental se instalar o mesmo modelo e marca de pneu em um mesmo eixo. Isto porque todos os modelos de pneu são diferentes um do outro, apresentando uma construção e disposição de lonas bastantes distintas, para atender às necessidades específicas determinadas pelo fabricante. O Gerente da Engenharia de Vendas da Bridgestone Firestone, informa que “utilizar pneus diferentes no mesmo eixo poderá provocar um desgaste irregular, além de comprometer a estabilidade em situações críticas”.
Certo - Na troca, no mínimo, montar modelos iguais no mesmo eixo.
Errado - Pneus diferentes no mesmo eixo.

FOTO: carros que usam pneus claramente diferentes.



6. Pneus novos no eixo traseiro do veículo
Contrariando uma prática comum, os pneus mais novos devem ser instalados sempre no eixo traseiro, e não na frente.  Isto porque, testes demonstraram que o risco de um acidente pela perda de aderência dos pneus traseiros é sempre maior. “A perda de aderência nos pneus dianteiros é sempre mais controlável pelo motorista, que pode utilizar o volante, o freio e o acelerador para compensar o problema”, comenta José Quadrelli.
Certo – Manter pneus mais novos no eixo traseiro sobre o qual o motorista não tem controle.
Errado - Pneus mais novos na frente.

FOTO: o pneu traseiro está com maior desgaste.
7. Alinhamento e Balanceamento
O alinhamento e o balanceamento são necessários para evitar o desgaste irregular dos pneus e garantir a estabilidade e a melhor dirigibilidade ao veículo. Além disso, aumenta a vida útil do pneu. “Junto com a calibragem, esses dois cuidados podem garantir uma importante sobrevida ao pneu e garantir a segurança de seus ocupantes”, lembra Quadrelli.
Certo – Alinhar e balancear a cada 10 mil quilômetros, quando há troca de peça da suspensão, desgaste irregular do pneu ou após ter caído em um buraco (forte impacto).
Errado – Veículo sem alinhamento e balanceamento das rodas.
               
8. Rodízio de pneus
O rodízio dos pneus deve ser feito periodicamente para eqüalizar o desgaste. Como exemplo, em veículos de tração dianteira os pneus dianteiros tendem a se desgastar mais rapidamente que os traseiros e o rodízio periódico fará com que todos os pneus tenham um desgaste mais uniforme, mantendo as suas características iguais. 
Certo – Fazer rodízio dos pneus a cada 8 mil kms (diagonal, a cada 5 mil kms).
Errado – Não fazer rodízio.
9. Limpeza dos pneus
Ao lavar o veículo, o aconselhável é apenas fazer a lavagem com água e sabão. “É muito importante evitar o contato com produtos derivados do petróleo, mesmo ao abastecer o veículo em postos de gasolina” informa o Gerente da Bridgestone Firestone. “Se houver contato dos pneus com qualquer tipo de solvente, é importante lavar o pneu com água e sabão”. 
Certo – Limpar lateral do pneu com água e sabão.
Errado - Limpar lateral do pneu com produtos derivados de petróleo (pneu pretinho), pois deteriora a borracha.

FOTO: lavando o pneu com água e sabão.



FOTO: passando pretinho no pneu.
10. Direção Correta
Evite manobras imprecisas que acabe por encostar ou raspar o pneu em guias, que causarão desgaste do pneu e alto risco de ranhuras e cortes no pneu. “A história das competições automobilísticas comprovam que os grandes campeões tinham, antes de tudo, a virtude de conseguir conservar seu equipamento e seus pneus para chegar à frente ao final da prova”, lembra Quadrelli. “Essa mesma prática deve ser adotada no nosso dia-a-dia. Uma batida em um guia, buraco ou lombada poderá significar um dano irreversível ao pneu”.  
É importante manter uma direção segura sem frenagens bruscas e manobras radicais.
Certo – Evitar subir na guia, ou encostar a roda e subir vagarosamente. 
Errado - Subir em guias sem cuidado, principalmente com o veículo pesado ou com pressão baixa. Direção agressiva, atacando curvas, lombadas, guias. Frear bruscamente e desnecessariamente – deixar pneu “quadrado”.


FOTO: carro “empurrando” a roda na guia.


11. Sobrecarga
A capacidade de carga do pneu recomendada pelo fabricante deve ser respeitada para evitar que o excesso de peso traga desgaste irregular do pneu, maior probabilidade de danos ao pneu (furo, estouro), além de diminuição da dirigibilidade do veículo. “Ajuste a pressão ao valor recomendado pelo fabricante do veículo, sempre que carregar o carro e, novamente, quando ele estiver descarregado”, alerta o Gerente da Bridgestone Firestone. 
Certo – Obedecer às especificações de limite de carga do fabricante.
Errado - Sobrecarga do veículo.
        
 FOTO: carro ultra pesado, cheio de gente, com bagagem em cima do carro.
12. Manual do Proprietário
As indicações do manual do proprietário do veículo devem ser seguidas, uma vez que são as recomendadas pelos engenheiros que desenvolveram o projeto do carro e que indicam as orientações mais adequadas para o melhor uso do veículo. “As condições gerais de um veículo terão impacto direto no desgaste dos pneus”, lembra Quadrelli. “Carro desequilibrado e mal conservado é sinônimo de vida curta para os pneus”, alerta. 
Certo – Obedecer às manutenções indicadas no manual do proprietário.
Errado – Não fazer manutenção preventiva do veículo.
13. Conserto de pneus
O conserto dos pneus deve ser feito definitivamente e a quente. Consertos provisórios como denominado “macarrão” é apenas provisório e pode trazer danos aos pneus em curto prazo. “Tem sido alarmente o número de consumidores que rodam indefinidamente com um conserto provisório”, informa Quadrelli. “que pode se desprender a qualquer instante com conseqüências imprevisíveis para o pneu, bem como para o carro e seus ocupantes.
Certo – Conserto a quente
Errado – Conserto de furos inadequado e provisório (macarrão/a frio)

FOTO: aplicação do “macarrão”.
Retirado de Bridgestone

Carro elétrico consegue se recarregar com energia vinda dos pneus


Empresas tentam encontrar um equilíbrio entre praticidade e desempenho em veículos elétricos. Buscando meios de fazer com que os carros continuem rodando por longas distâncias sem poluir o ambiente, cientistas japoneses encontraram um jeito de recarregar as baterias de veículos elétricos através do movimento de suas rodas.
Cientistas da Universidade Toyohashi, no Japão, tiveram uma ideia quase sem custos e que não necessitará de grandes alterações nos veículos. Usando do aço presente dentro dos pneus, o carro poderia capturar eletricidade disponibilizada por eletrodos instalados embaixo do asfalto. Com o movimento das rodas, os pneus se transformariam em bobinas que enviariam energia para o motor.

Aumento na autonomia dos veículos

O estudo foi testado em uma escala de 1/32, mostrando resultados satisfatórios para os cientistas japoneses. O carro circulou sem problemas, com uma eficiência de captura de eletricidade de até 75%, sem usar qualquer tipo de fios.
Para os cientistas da Universidade Toyohashi, os planos são de que, no futuro, estradas estejam preparadas para abastecer carros elétricos, diminuindo o número de baterias dentro dos veículos. Essas baterias seriam ativadas somente em vias em que não existisse o abastecimento de energia sem fio.



Fonte: Toyohashi UniversityInovação Tecnológica